segunda-feira, 28 de julho de 2014

Le temps des fleurs

 
Para recordar e desfrutar a beleza e o colorido das flores.
 
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Le temps des fleurs
 
Dans une taverne du vieux Londres
Où se retrouvaient des étrangers
Nos voix criblées de joie montaient de l'ombre
Et nous écoutions nos cœurs chanter


C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avaient un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la...
On était jeunes et l'on croyait au ciel

Et puis sont venus les jours de brume
Avec des bruits étranges et des pleurs
Combien j'ai passé de nuits sans lune
A chercher la taverne dans mon cœur

Tout comme au temps des fleurs
Où l'on vivait sans peur
Où chaque jour avait un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la ......
On était jeunes et l'on croyait au ciel

Je m'imaginais chassant la brume
Je croyais pouvoir remonter le temps
Et je m'inventais des clairs de lune
Où tous deux nous chantions comme avant
C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avaient un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la ......
On était jeunes et l'on croyait au ciel

Et ce soir je suis devant la porte
De la taverne où tu ne viendras plus
Et la chanson que la nuit m'apporte
Mon cœur déjà ne la connaît plus


C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avait un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La la la...
On était jeunes et l'on croyait au ciel

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Imaginação




A imaginação é magia e é arte

que nos faz inventar, sonhar e viajar.

Com imaginação podemos ir a Marte

ou ao centro da Terra, ou ao fundo do mar.



Com imaginação nunca estamos sozinhos.

A imaginação é um voo, um lugar

onde temos amigos, onde há outros caminhos

nos quais, sem te mexeres, podes ir passear.



Inventa uma cantiga, um poema, um desenho

um arco-íris, um rio por entre malmequeres;

esse lugar é teu, sem limite ou tamanho.

A esse teu lugar, só vai quem tu quiseres.

(Rosa Lobato Faria)


terça-feira, 15 de julho de 2014

Divagações

O vento empurra o cheiro morno das ameixas que fermentam no chão do pomar. Vermelho escuro entre o verde da erva. Um odor doce no anoitecer silencioso.
Levanta a tampa da caixa dos “dias a recordar” e acomoda lá dentro, quase com carinho, o fantasma evocador.
Não resiste a rasar a mão no interior. Sente a picada do espinho nos dedos.
Vermelho escuro, vermelho sangue.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Palabras, amistad ,..



Son a veces momentos de pura transparencia que parecen borrar todos los límites entre el exterior y el interior,
donde el alma y el jardín se miran, se descubren concedidos
y se acogen  con una manifestación pacífica evidente de una amistad más anciana y fiel que la memoria de los días.




sexta-feira, 4 de julho de 2014

A cegueira e não só...





Príncipes, Reis, Imperadores, Monarcas do Mundo: vedes a ruína dos vossos Reinos, vedes as aflições e misérias dos vossos vassalos, vedes as violências, vedes as opressões, vedes os tributos, vedes as pobrezas, vedes as fomes, vedes as guerras, vedes as mortes, vedes os cativeiros, vedes a assolação de tudo? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Príncipes, Eclesiásticos, grandes, maiores, supremos, e vós, ó Prelados, que estais em seu lugar: vedes as calamidades universais e particulares da Igreja, vedes os destroços da Fé, vedes o descaimento da Religião, vedes o desprezo das Leis Divinas, vedes o abuso do costumes, vedes os pecados públicos, vedes os escândalos, vedes as simonias, vedes os sacrilégios, vedes a falta da doutrina sã, vedes a condenação e perda de tantas almas, dentro e fora da Cristandade? Ou o vedes ou não o vedes. Se o vedes, como não o remediais, e se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Ministros da República, da Justiça, da Guerra, do Estado, do Mar, da Terra: vedes as obrigações que se descarregam sobre vosso cuidado, vedes o peso que carrega sobre vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes as injustças, vedes os roubos, vedes os descaminhos, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes as potências dos grandes e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores e gemidos de todos? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos.

(Padre António Vieira in "Sermões"; Padre e escritor português, 1608-1697)