quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vida



V I D A



V ivir la vida por lo mejor es nuestro reto



I nsiste sin cesar para conseguirlo..



D ale fuerte y harás el camino cierto



A vanzar y hacer frente es la manera lograrlo.



NB : Este acróstico de la VIDA es mi forma de sentir, hacer y vivir..







terça-feira, 28 de junho de 2011

Valsa das Flores



Para Ver, Ouvir, Relaxar e até mesmo... Dançar!...


domingo, 26 de junho de 2011

Biografia



Temos todos um rio na lembrança,
E alguns é um rio inteiro a sua vida.
Um rio que não seca e não descansa,
E é uma força perdida
Entre montanhas de desconfiança.

Miguel Torga



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Definição de Filho...

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!

Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.


Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".


(José Saramago)


"Hijo es un ser que nos prestaron para un curso intensivo de cómo amar a alguien que no sea nosotros mismos, de cómo cambiar nuestros peores defectos para dar los mejores ejemplos y aprender a ser valiente. ¡Eso es!


Ser padre o madre es el acto más grande de coraje que uno puede tener, porque se está expuesto a todo tipo de dolor, sobre todo la incertidumbre de actuar correctamente y el miedo de perder algo tan querido. Perder ¿cómo no? No es nuestro, ¿te acuerdas? Fue un préstamo».




quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vida...sonho

Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.

José Gomes ferreira

domingo, 19 de junho de 2011

Verano



VERANO


V erano eres mi


E stación preferida


R adiante de alegría


A mo y deseo que


N o termines nunca


O bsequio maravilloso de muchos que te esperan..



Queridos amig@s deseo a todos un feliz verano.














sábado, 18 de junho de 2011

José Saramago - 1 ano de Saudade


Na data que assinala o 1º aniversário da morte de José Saramago, deixo-vos com uma notícia desse facto, prestando deste modo a minha singela homenagem ao Nobel Português da Literatura.

«Um ano sem José, mas cheio de Saramago»

Pilar del Rio, viúva do escritor, assinala iniciativas do primeiro aniversário da morte do Nobel da Literatura

Na véspera do dia em que se completa um ano sobre a morte de José Saramago, Pilar del Rio, viúva do escritor, considera que «este último ano foi, em geral, um ano com Saramago». «Saramago esteve muito presente nas análises políticas e nas análises literárias, foi um ano em que se foram lendo os livros dele, em que se recorreram às propostas dele em várias ocasiões. Foi um ano cheio de Saramago, apesar de a nível pessoal o José não ter estado», afirmou, em jeito de balanço, quando questionada na TVI24 sobre o sentimento mais íntimo da ausência do companheiro.

Em entrevista ao «Diário da Tarde», da TVI24, Pilar del Rio sublinhou que o jardim junto à Casa dos Bicos, em Lisboa, é o sítio ideal para depositar as cinzas do escritor porque é «um acto que obedece a uma lógica poética». A viúva do prémio Nobel português da Literatura realçou que o marido «vai ficar debaixo da janela onde seria o seu escritório e onde ele um dia disse que iria estar sentado a trabalhar e a olhar para o rio e a ver os barcos passar».

Pilar del Rio contou que as cinzas do escritor serão depositadas, no sábado, por debaixo de uma oliveira que foi entretanto transportada da Azinhaga do Ribatejo, onde Saramago nasceu, e que foi transplantada para o Campo das Cebolas, em Lisboa. As oliveiras da Azinhaga são várias vezes referidas no livro «As Pequenas Memórias».

«Ele não vai ver os barcos passar, mas nós, os seus leitores, vamos estar sentados num banco de pedra, da pedra do Memorial do Convento, e poderemos estar sentados e ver passar esses barcos que Saramago não pôde ver e refrescarmo-nos com a sombra da oliveira absolutamente maravilhosa trazida da Azinhaga. Foi trazida com muito respeito e com muita emoção, porque o presidente da Junta de Freguesia e um outro vizinho escolheram uma oliveira que, se calhar, era a que Saramago referia e contava nas Pequenas Memórias onde um dia viu um lagarto verde», referiu com emoção.

Pilar del Rio crê que, para a maior parte dos leitores de José Saramago, «ele continua a ser um escritor vivo» porque continuam a aparecer títulos. «A relação amorosa entre o autor e os leitores continua a produzir-se», constatou, ao mesmo tempo que anunciou alguns projectos da Fundação José Saramago para o curto e médio prazo. Um deles é a publicação em Portugal, em Outubro ou Novembro deste ano, de um romance de juventude de que Saramago falou muitas vezes, mas que nunca quis que fosse publicado: «Clarabóia».

Pilar justifica: «Saramago não quis vê-lo publicado em vida, mas disse que quando ele cá não estivesse...». E assim será.

In: tvi24


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Spleen

Quando o cinzento céu, como pesada tampa,
Carrega sobre nós, e nossa alma atormenta,
E a sua fria cor sobre a terra se estampa,
O dia transformado em noite pardacenta;

Quando se muda a terra em húmida enxovia
D’onde a Esperança, qual morcego espavorido,
Foge, roçando ao muro a sua asa sombria,
Com a cabeça a dar no tecto apodrecido;

Quando a chuva, caindo a cântaros, parece
D’uma prisão enorme os sinistros varões,
E em nossa mente em febre a aranha fia e tece,
Com paciente labor, fantásticas visões,

- Ouve-se o bimbalhar dos sinos retumbantes,
Lançando para os céus um brado furibundo,
Como os doridos ais de espíritos errantes
Que a chorar e a carpir se arrastam pelo mundo;

Soturnos funerais deslizam tristemente
Em minh’alma sombria. A sucumbida Esp’rança,
Lamenta-se, chorando; e a Angústia, cruelmente,
Seu negro pavilhão sobre os meus ombros lança!

Charles Baudelaire, in “As Flores do Mal”

terça-feira, 14 de junho de 2011

Melancolía

MELANCOLÍA

M e duele el alma pensando

E n aquellos momentos cuando

L os recuerdos me invaden en un pesar que,

A garra y hiere…

N aufragando en el olvido

C on una tristeza permanente

O bediente y dependiente…

L lenando mis rincones más secretos

I nadaptados, inactivos, inquietos,..

A ntes de morir discreto

“Te llamarás silencio en adelante.
Y el sitio que ocupabas en el aire
se llamará melancolía.

« La mélancolie, c’est le bonheur d’être triste. »

Victor Hugo

La melancolía es la felicidad de estar triste.

domingo, 12 de junho de 2011

Junho - Os Santos Populares


Em Junho, Portugal está em festa.

Com Santo António a 13, São João a 24 e a 29 São Pedro, estes são os chamados “santos populares" porque, na realidade, os Santos de Junho são tradicionalmente os mais festejados em Portugal.

Para além dos conteúdos cristãos associados a estas festas, elas estão indiscutivelmente ligadas à celebração dos ciclos da vida e à evocação dos seus princípios, uma vez que exaltam a vida simbolizada pelo Sol no solstício de Verão.

As festas dos santos populares são hoje grandes manifestações colectivas onde se associam as marcas de religiosidade popular aos cultos naturalísticos e onde também se pode vislumbrar um certo carácter mágico.

A atenção que nelas é dada aos gestos simbólicos e aos sinais da natureza como a terra, a água, a luz, o céu, elementos estes que sempre exerceram grande fascínio nas pessoas, expressam bem a sua componente humana e a religiosidade popular, natural e cósmica de que se revestem estas festas dos “santos populares”



sexta-feira, 10 de junho de 2011

10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

(Luís de Camões)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Plumbum



As asas não são um exclusivo das aves. De certo modo todos temos (e necessitamos) asas.
Sim, asas. Não quer dizer que sejam corpóreas.
Alguns têm asas iguaizinhas ás dos pássaros, capazes de os elevarem até ao infinito.
Outras têm asas de cristal que facilmente se despedaçam, mas com o dom de se reconstruírem, para uma vez mais se estilhaçarem.
Há asas de quase “tudo”: gelo, fogo, lágrimas, leves, pesadas…
As minhas são feitas de um material azulado que ficou cinzento-escuro em contacto com a vida. Pesadas, não são muito boas a cumprir a sua função.
Tento movê-las. São tão densas que quase não consigo. Os movimentos são desconexos e o objectivo perde-se.
Preciso urgentemente de voar, de “evadir-me de mim”.
Que nos diz a física? Quando o ar que passa por cima das asas é…como se chamam essas leis e efeitos?
Não me recordo, mas também quem precisa da física para voar com asas imaginárias?
Por vezes consigo algum movimento, mas em vez de me erguerem, estas asas inúteis envolvem-me, formando um casulo!
Pensando bem, não é assim tão mau. Elas protegem-me de projécteis que de outro modo me poderiam magoar.
Pensando outra vez, não é assim tão bom. Não sou atingido, mas sinto um frio lancinante e uma escuridão atroz.
Num impulso, afasto as minhas asas para trás e elas arrastam-me em queda livre.
Queda? O propósito é voar!
Enquanto luto para manter o equilíbrio ansiando por outro tipo de asas, medito se elas poderão ou não, ser as únicas culpadas da situação.
Culpa?
Não quero nem devo culpabilizar. São estas as minhas asas (não as posso substituir) e devo aprender a voar com elas.
Não importa o tempo que leve a adaptar-me, não interessa se elas terão capacidade para um voo belo e fluído.
São minhas e por vezes até tenho orgulho nelas.
Só por vezes…

domingo, 5 de junho de 2011

Antonio Machado - Retrato

Antonio Machado

Poeta español nacido en Sevilla en 1875 y fallecido en Collioure, Francia, en 1939.
Doctor en Filosofía y letras, fue catedrático de francés en los Institutos de Soria, Segovia, Baeza y Madrid.
En 1927 fue elegido Académico de la Real Española, cuyo discurso de ingreso no pronunció nunca.
Es considerado como uno de los grandes poetas de la lengua castellana. Su vasta obra poética se caracteriza
por la sencillez y precisión en el lenguaje. Cantó a la tierra, al mar, a los olivos, y en diversos tonos a la gloria del amor.
En su poesía se refleja la visión dolida de su patria y la recreación de la belleza que encierran las pequeñas cosas.
Entre sus obras publicadas se destacan «Soledades, galerías y otros poemas» en 1903, «Campos de Castilla» en 1912,
«Nuevas canciones» en 1925 y «La guerra» en 1938



Un homme bon un poète essentiel



« Plus qu’un poète, Antonio Machado était un homme bon, un homme simple, un homme essentiel.



L'homme bon est celui qui garde, telle l'auberge du chemin



l'eau pour l'assoiffé, pour l'ivrogne le vin.



Antonio Machado demeure cette simple auberge au bord des chemins de la vie et de la poésie.



Et sa poésie est à son image : elle est bonne, elle est simple et directe, et refuse de se charger du poids des images. »





Hoy os propongo este bello poema de mi poeta preferido Antonio Machado.



Es un poema que me gusta mucho con el que me reconozco y me identifico.



Antonio Machado nació en Sevilla por lo tanto os dejo también un precioso video con sevillanas..no te lo pierdas es muy bueno!





Antonio Machado - Retrato



Mi infancia son recuerdos de un patio de Sevilla,
y un huerto claro donde madura el limonero;
mi juventud, veinte años en tierras de Castilla;
mi historia, algunos casos que recordar no quiero.

Ni un seductor Mañara, ni un Bradomín he sido
?ya conocéis mi torpe aliño indumentario?,
más recibí la flecha que me asignó Cupido,
y amé cuanto ellas puedan tener de hospitalario.

Hay en mis venas gotas de sangre jacobina,
pero mi verso brota de manantial sereno;
y, más que un hombre al uso que sabe su doctrina,
soy, en el buen sentido de la palabra, bueno.

Adoro la hermosura, y en la moderna estética
corté las viejas rosas del huerto de Ronsard;
mas no amo los afeites de la actual cosmética,
ni soy un ave de esas del nuevo gay-trinar.

Desdeño las romanzas de los tenores huecos
y el coro de los grillos que cantan a la luna.
A distinguir me paro las voces de los ecos,
y escucho solamente, entre las voces, una.

¿Soy clásico o romántico? No sé. Dejar quisiera
mi verso, como deja el capitán su espada:
famosa por la mano viril que la blandiera,
no por el docto oficio del forjador preciada.

Converso con el hombre que siempre va conmigo
?quien habla solo espera hablar a Dios un día?;
mi soliloquio es plática con ese buen amigo
que me enseñó el secreto de la filantropía.

Y al cabo, nada os debo; debéis me cuanto he escrito.
A mi trabajo acudo, con mi dinero pago
el traje que me cubre y la mansión que hábito,
el pan que me alimenta y el lecho en donde yago.

Y cuando llegue el día del último viaje,
y esté al partir la nave que nunca ha de tornar,
me encontraréis a bordo ligero de equipaje,
casi desnudo, como los hijos de la mar.









sexta-feira, 3 de junho de 2011

Hoje, o convidado do Farol é...








O nosso convidado de hoje é o blog The Witching World, da amiga Carla Witch Princess, de Curitiba, Brasil.

“The Witching World” é um blog de visual gótico muito bem conseguido.

Dividido em vários sectores, trata de temas variados como poemas, contos, imagens, magia, e vídeos, tudo isto tendo como fio condutor o misticismo.

Destas secções destacamos os poemas e os contos, assim como o “recanto” chamado “Campanhas” que tem como objectivo anunciar e dar a conhecer diversas iniciativas de cariz filantrópico.

Este blog aguça-nos a curiosidade e surpreende pela forma como os temas estão estruturados.

A natureza e organização de “The Witching World” reflecte a forma de ser da autora, que se define:
“Mística por natureza, poetisa pelo coração e objectiva pela razão, e temperamental pela personalidade”.
Tudo isto são motivos para não perdermos, ou melhor, para nos perdermos nos caminhos “obscuros” e aliciantes deste blog.

À Carla atribuímos este Diploma de Mérito pelo importante papel que o seu blog desempenha na blogosfera.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

1 de Junho - Dia Mundial da Criança


"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes"

(Albert Einstein)





Os putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

(José Carlos Ary dos Santos)